Amanhã.

Amanhã pode ser tarde.
Amanhã? Não nos cabe saber..
Amanhã pode ser muito tarde
Para dizeres que amas,
Para dizeres que perdoas,
Para dizeres que desculpas,
Para dizeres que queres tentar de novo..
Amanhã pode ser muito tarde
Para pedires perdão,
Para dizeres: Desculpa-me o erro foi meu!
O teu amor, amanhã, pode já ser inútil;
O teu perdão, amanhã, pode já não ser preciso;
A tua volta, amanhã, pode já não ser esperada;
A tua carta, amanhã, pode já não ser lida;
O teu carinho, amanhã, pode já não ser mais necessário;
O teu abraço, amanhã, pode já não encontrar outros braços...

Porque amanhã pode ser tarde..


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A escuridão absorveu a agonia e fiquei sem forças, mas com alivio e gratidão por a memoria ter chegado ao fim . A escuridão tudo levou e eu fiquei livre. Levantei-me da cama e fui para a varanda. Estava aquele vento leve nocturno,e o céu limpo e a lua gigante de uma noite de verão, inspirei uma lufada de ar fresco para readquirir firmeza,conforme era habitual.
Foi então que a cor retrocedeu bruscamente, a memoria ressurgiu e voltou a engolir-me.
"Não!" exclamei em pânico,temendo a dor que aperta o meu coração, bem como o próprio medo.
Todavia, esta não era a mesma memoria. Era uma memoria no interior de uma outra- uma memoria final, como um ultimo fôlego-, de certa forma ainda mais forte que a primeira.
A escuridão da noite tudo levou, menos isto: um rosto.
Este rosto, tê-lo-ia reconhecido entre milhões.
E a memoria do ultimo fôlego antes de sair daquele carro, voltou. A memoria do olhar dele, do sorriso dele, da porta branca a fechar-se , do carro a dar meia volta e ir-se embora, a memoria do silencio que senti e ouvi, na rua onde eu moro, estava naquele momento a presenciar o fim daquilo tudo. Ainda me sentei no passeio e acendi um cigarro, na esperança de conseguir saborear aquele fim, mas não consegui. Era o fim, não podia saboreá-lo e muito menos ignora-lo.
Cada vez que esta memoria me invade a mente, todas as outras memorias que tenho dele aparecem, todos aqueles momentos. Todas aquelas mentiras, minhas.. e dele.
Se não tivéssemos omitido os pequenos detalhes na altura, talvez agora eu estivesse a escrever outras palavras. Se tivéssemos partilhado os pequenos detalhes, havia agora uma grande diferença.
Mas não, há um ano atrás, se soubesse o que sei hoje, tinha feito as coisas de uma maneira completamente diferente.. Também me tinha deixado levar, como ele Tao bem tentou.
Mas nada disto foi possível com as ideias pré-concebidas que tínhamos um do outro.
Com esta historia- que segundo alguns, ainda não acabou- aprendi, que não devemos omitir os sentimentos, que não podemos tentar esconde-los.. muito pelo contrario, temos de gritar ao mundo o que sentimos quando sentimos. Esquecer o medo que temos de dizer ' gosto de ti', 'adoro-te', 'amo-te, por tudo e por nada' ou então ' odeio-te' , 'és insuportável' , 'és impossível', 'já não te posso ouvir, então cala-te'.
Temos de arriscar, temos de parar de pensar nas consequencias se dissermos ou não o que sentimos, tem de ser um acto natural.. dizê-lo, e pronto.
Acordar a meio da noite, e sentir arrependimento daquilo que não fizemos, é um sentimento tétrico. Não o desejo a ninguém. O sentimento é tão tenebroso que quebra qualquer pensamento racional que tenta infiltra-se dentro da loucura da minha mente.
Já nem sei qual é o meu objectivo nesta historia, todos os dias mudo de ideias tal é a minha instabilidade.
Mas tenho a certeza de uma coisa:
"Olhos que não vêem, coração que não sente", É mentira.


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Menos um perfume de homem.

Um ano,completamente desperdiçado. Um ano a ama-lo( pronto, estou a exagerar no sentimento em si). Um ano só a pensar naquele monte de merda .Um ano a cansar-me com sentimentos que ele nem sequer via. Realmente, fui tão parva. E quantas milhares de vezes me avisaram que eu estava a ser parva.. E quantas milhares de vezes eu percebi que estava a ser parva, mas como todos sabem, os sentimentos não se controlam, não me venham com 'bullshits' porque, os sentimentos não se controlam!!
E um ano para quê? Para ao fim de um ano, eu pedir-lhe uma única, misera explicação.. e ele responder-me "não quero ter esta conversa". O que? Não queres ter esta conversa? Mas que raio de homem é este?! Foi deste miserável sem colhões que eu gostei durante praticamente um ano? Só me dá vontade de rir.
Eu apenas lhe perguntei: " se sabias que eu gostava de ti.. porque que não te afastas-te?" Não é uma pergunta com lógica? Não é uma pergunta a qual eu mereço saber a resposta?
Não é uma pergunta á qual todas as mulheres que já tiveram um cabrão na vida delas, merecem saber a resposta?
É. Claro que é. E hoje cheguei a uma bela conclusão na minha vida. Cheguei á conclusão que ele não era demais para mim.. eu é que sou demais para ele.
Porque eu sou uma mulher, que gosta de ter tudo sob controlo, eu sou uma mulher que domina, eu sou uma mulher com inteligência e cultura geral, eu sou boa na cama, eu sou uma mulher que como muitas outras iguais a mim metem medo aos homens.
Sim, medo. Nos dominamos agora, meus caros amigos, enfrentem a realidade que as mulheres executivas e sexualmente atraentes vão dominar, e não é na cama.. como muitos gostam.
É no vosso emprego, como vossas superiores.

Hoje fechei uma fase da minha vida, e orgulho-me disso. Eu sei que a partir de hoje não vou te-lo no meu pensamento, mas também sei, que já disse isto muitas vezes. Mas nunca lhe tinha feito a derradeira pergunta que me martirizava todos os dias.

E la esta, chega sempre o dia em que já não temos forças para mais, já não temos forças para sonhar mais, já não temos forças para cabrões. Eu pelo menos já não tenho, já tive a minha dose.
Há sempre a altura na vida da mulher, em que ela quer amar e ser amada não é? (ahah, nem parece conversa minha.)
Sou uma mulher sem tabus.. que é que posso fazer?

Ps: E tenho de admitir, que nunca deixei de falar por completo com aquele rapaz.. porque, enfim, os minetes eram bons e os orgasmos múltiplos são sempre bem-vindos.. não são?


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Thank's

Pronto, minha eterna Bitch, cá vai: Obrigado por teres tido a paciência de criar este blog para mim, visto que aqui a tua amiga é demasiado preguiçosa, precisa sempre de um empurrãozinho .. quer dizer, só nestas coisas, nas outras não há cá empurrões! ( se é que me entendes)

Já que prezas tanto em que eu escreva, e me perguntas sempre pelo livro que eu estou a escrever, vais ter a oportunidade de ler a minha vida todos os dias, detalhada, como você gosta.

Et voilá! (lê-se: ê vualá.. e é francês -.-' )


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A Bela da Idade.

"Quando eu era criança, e o meu avô me levava todos os dias á Ericeira, apenas para ver o mar, eu sentava-me na areia, e pensava que tudo era perfeito, que tudo á minha volta estava certo. E estava, e era. Uma criança nunca consegue ver o lado mau das coisas, pelo menos não á primeira.. E é claro, como qualquer criança de 8 anos, eu brincava com os meninos que estavam na praia, e quando o sol se punha eles iam-se embora. Não percebia muito bem, porquê que eles saiam da praia, exactamente no momento mais bonito, o Por do Sol sobre o mar."

Esta é uma das poucas memorias que eu tenho da minha infância. Nunca gostei de ser criança, então esqueci-me de quase tudo. Alias, nunca gostei de estar no corpo de uma criança, aquelas mudanças todas corporais e hormonais e psicológicas.. é horrível! para não falar, que eu não era uma criança normal, nunca me interessei por coisas normais que é suposto os putos se interessarem.

Isto tudo para dizer, que não nada melhor que esta bela idade .
18 anos, a idade das experiências, a idade das aventuras, a idade da descoberta de todos os caminhos do amor, a idade da decisão do futuro, a idade das novas amizades diárias, a idade do álcool, a idade da droga, a idade da mudança radical de estilo, a idade dos estudos, a idade da Carta de condução, a idade do voto, a idade em que pudemos ir de cana, a idade de experimentar todos os pecados, e essencialmente.. a Idade do Sexo.


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